E outra semana se passou

Radiohead, minha caríssima Ísis? Nah, não gosto dos caras. Aliás, gostei de muito pouca coisa que apareceu nos anos 90. Eu passei pela minha fase mais pop. Nunca tive paciência para Radiohead, Oasis, e aquele outro cujo vocalista sem graça casou com aquela atriz mais sem graça. Naqueles anos, além de explorar minha veia pop, redescobri boas coisas do blues, fui atrás de outros, como o grande JJ Cale, comprei Eric Clapton até enjoar. Não, isso já foi no século XXI. Houve um ponto em minha vida em que passei a ter desconfiança toda vez que um cantor ou banda começava a ser idolatrado. Meu tesão com a Legião Urbana durou até o quarto disco. Quando neguinho começou a chamar o RR de profeta, trovador, poeta isso e aquilo, eu disse: "parei". E comecei a comprar Gilberto Gil. Considero-me um sujeito de gosto eclético. Gosto de tudo um pouco, mas tem limites. Ouvi a palavra "axé" aí? Pra mim o axé matou o carnaval como eu o conhecia. Como não gosto de samba-enredo só me resta resgatar algum disco de marchinhas e curtir o carnaval em casa. Na minha coleção de CDs encontra-se de João Nogueira a ZZ Top, passando por Almir Sater, Fleetwood Mac, Miles Davis, Deep Purple, muito jazz e blues e pop descartável. Traço os limites quanto à música sertaneja (adoro música caipira, no entanto, modas de viola e tal): não dá, simplesmente não dá.




Pausa para uma foto nada a ver:

A Juju em frente ao belíssimo edifício da PGR, aqui na Capitar.


Voltando aos gostos musicais. Discordo de quem acha o John Lennon um gênio. Ele foi um gênio enquanto tinha como parceiro outro gênio que atende pela alcunha de Macca. Separados, o melhor deles era o George Harrison. Duvida? Ouça o póstumo "Brainwashed".

Outro dia li numa revista brasileira - não li, na verdade, pois não tive paciência ainda - de fotografia uma matéria sobre a velha questão: fotografia é arte? Na minha humilde opinião, se arte moderna pode ser considerada arte (sério, empilhar tijolos e dar à "obra" um nome estúpido?), então fotografia é a maior das artes. Os grandes mestres sempre usaram a luz de maneira criativa em suas obras-primas. Nada mais familiar à fotografia que o uso criativo da luz. Mas isso já é papo para um outro post. Então tá então.

Comentários

Ana disse…
Ton, o Radiohead é um mistério pra mim, tentei ouvir e odiei. Obviamente que eu gostava do Legiao, mas realmente qdo o Renato Russo foi elavado à categoria de profeta c'était fini. Bjos.
Anônimo disse…
Hehehe... a única música que conheço do Radiohead é aquela do "Carlinhos", vulgo Fake Plastic Trees. E não é do meu gosto. Aliás, desanimados por desanimados, prefiro Pink Floyd, que nem se compara. Concordo muuuuito sobre o RR! Me irrita quando toca alguma música dele e todo mundo resolve engrossar a voz pra cantar igual... ugh! Bjks!!!
Anônimo disse…
Ton,
Assim como Kaká, eu só conheço Fake Plastic Trees. Portanto, a ida deles ao Brasil não me diz nada. Perco a linha mesmo com REM e Iron Maiden. Sou eclética também. Tive minha fase de ouvir Beto Guedes, É o tchan (!!!), The Beatles, Gilberto Gil, Flávio Venturini... Hoje eu continuo eclética, mas não tão radical. Ok, continuo com REM e Iron, mas acrescentei outras coisas. Detesto axé, tenho horror ao Carnaval da Bahia. Adoro um samba enredo. Adoro o Carnaval da Sapucaí. E adoro uma marchinha também.

Meu pai tem a mesma opinião quanto ao John Lennon. Eu acabei seguindo a mesma idéia. Sou fã do Paul. Aliás, o primeiro cd que eu comprei na vida foi um duplo dele: Tripping the Live Fantastic, quando eu tinha 14 anos.

Adorei a foto. Achei o prédio da Procuradoria lindo.

E sempre que ouço Legião lembro dos nossos passeios, do caminho do aeroporto para a vossa casa. Que delícia. Que saudade.

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