Tirando férias de tudo

Tiramos o fim-de-semana prolongado para um sossegado retiro na pacata Pirinópolis, estado de Goiás. Cidade tombada pelo patrimônio histórico, Pirenópolis tornou-se sinônimo de refúgio e contato com a natureza, na forma de suas inúmeras cachoeiras, pousadas e restaurantes típicos. Essa, pelo menos, era a imagem que eu tinha, pois aqui estive pela primeira vez há 12 anos, pelo menos. A cidade não cresceu muito, mas os efeitos positivos do turismo são claros. O casario está incrivelmente bem cuidado e restaurado. Há pousadas de todos os tipos e para todos os bolsos e gostos. A estrutura de apoio ao turista é muito boa. Pode-se visitar as cachoeiras (todas em áreas particulares e de preservação) por conta própria ou com guias contratados. A cidade conserva, em seu centro histórico, o encanto de uma antiga cidade que teve seu auge durante os anos em que a extração de prata sustentava a vida aqui. Com o passar dos anos, chegaram os hippies e outros "malucos de plantão", mas a cidade manteve seu charme. Seguiu-se uma certa exploração imobiliária, que causou a compra de boa parte do casario por gente de fora, de cidades como Goiânia e Brasília. O sonho de muita gente de ter sua própria pousada foi transferido de cidades praianas para o belíssimo interior goiano. A culinária riquíssima, o artesanato de criatividade acima de qualquer suspeita, a hospitalidade sem igual do povo goiano, tudo isso contribuiu para tornar Piranópolis o que é hoje, um pólo fabuloso de turismo, encravado na serra dos Pireneus.
Num feriado prolongado como o que estamos passando, testemunhamos o pior que o turismo traz. Uma invasão total por gente da região toda, que lota toda e qualquer pousada, suíte, chácara, hotel e tudo quanto é lugar que sirva de hospedagem. Vem gente de todo tipo, desnecessário dizer. Aqueles manés que equipam seus carros com sons que poderiam dar conta de uma boate, e circulam pela cidade com música da pior espécie a todo volume. Bem, ninguém pode dizer que a cidade não é democrática. É democrática até demais. Há gente consciente. Assim como tem gente que ainda insiste em jogar lixo por onde passa. A cidade, na onda de seu progresso, acaba adotando procedimentos execráveis, como a onda - que aliás, assolar todo o interior do país - de carros de som, com anúncios de todo tipo, o tempo todo, inclusive aos domingos de manhã. Dessa forma, aquele que vem para cá em busca de sossego, acaba não achando sossego nenhum.
Mesmo assim, os encantos da cidade compensam esses poréns. Assim, só posso recomendar a visita. Gente solteira, gente casada, gente bonita e feia, gente na boa e gente da balada. Pirenópolis tem de tudo para todos. Fotos assim que eu voltar para casa, pois me reencontrei com minha Canon 400D, que trouxe armada com lentes Sigma 10-20 e 24-70 (f/2.8) e fotografei em RAW. Neste mesmo batcanal, em breve.

Comentários

Postagens mais visitadas