Sexta-feira, dia 8 de junho

Um novo dia que amanheceu do mesmo jeito, e com um problema novo. Assim como tinha acontecido em Caetanópolis, hoje estou sem água quente no quarto. O atencioso Washington ofereceu-me um quarto para tomar banho, na outra ala. Prontamente aceitei, pois o banho da noite anterior fora com água morninha. A primeira providência do dia foi lavar a Branca, que tinha chegado em estado lastimável. Queria relubrificar a corrente, mas precisava tirar a lama de minério dela primeiro. No dia anterior soube um lava-jato bem próximo dali, que também lidava com motos. Fui lá cedinho, mas saí três horas depois, tamanho o trabalho que deu. Infelizmente, para limpar a sujeira, os caras do local usaram muito solupan e agora a Branca apresenta várias partes metálicas, principalmente cabeças de parafusos, esbranquiçadas. Tem jeito, mas vai dar trabalho.
Depois disso resolvi dar uma volta por ali para ver se achava algum comércio e um local para comer. Uma informação furada depois e eu tomava muita chuva na cabeça. Passei num mercadinho onde comprei uns panos e uma esponja para limpar as coisas, umas besteiras para comer e voltei pra pousada, puto que só.
Fiz a limpeza e me larguei na cama até a hora de ir para o Festival. Passei para comer uma pizza, que estava ótima e encarei os dois primeiros shows.
Armand Sabbal-Lecco fez um show eletrizante. Tão eletrizante que o Mike Stern ficava pulando na lateral do palco, empolgadíssimo.
Quando chegou a sua vez, ele não se fez por menos e mandou muito bem na companhia do também guitarrista Romero Lubambo.
A área do festival a esta altura estava uma lama só, resultado da chuva que caiu o dia todo.
O público era muito maior que na noite anterior. Deu para notar que muita gente não estava ali pela música, mas pelo acontecimento. Dá um pouco nos nervos ficar perto de gente que só quer encher a cara e tagarelando sem parar, nem aí para o que acontece no palco. Pouco antes do segundo show a chuva voltou a cair, forçando todo mundo a procurar abrigo nos pavilhões:
A falta de onde sentar, o excesso de gente, a chuva e a dor nas costas pelo tempo que já estava em pé me fizeram desistir de esperar pelos dois shows seguintes, de Duke Robillard e da Big Street. Frustrante? Sim, sem dúvida, mas realmente não dava para ficar mais. 

Comentários

Postagens mais visitadas