Dia 13. Tinha que ser...

Desde que chegamos só ouvimos falar na Praia dos Carneiros, que é maravilhosa e isso e aquilo, programa obrigatório etc. Já tivemos essa experiência frustrante antes. Em João Pessoa nos disseram que tínhamos que ver o por do sol na praia do Jacaré com o cara tocando o Bolero de Ravel no sax. Adorei o por do sol, mas a parte do sax...
Em Maceió tivemos que ver a praia de Carro Quebrado e a praia do Francês. Duas decepções. A primeira é muito bonita, realmente, mas nada demais e ainda por cima o acesso é horrível, uma barraquinha vagabunda na beira da praia à guisa de estrutura só fazia espalhar lixo pelo lugar. A Praia do Francês foi outra decepção: uma armadilha para turistas imunda e nojenta.
Já tínhamos desistido por conta do preço, até que na véspera o motora da nossa van ofereceu um pacote imperdível a todos. 35 por pessoa, com traslado e passeio de catamarã. Pensamos: "ah, tá bom, né?" No dia seguinte, às oito e meia da manhã, saímos. Uma trapalhada entre uma das 2.784 agências de turismo da cidade nos causou um atraso de mais de uma hora. E lá fomos nós, numa van que mal conseguia passar de 60 km/h na estrada. Em compensação tinha ar-condicionado. Em compensação tinha DVDs do Tiaguinho, da Paula Fernandes e outras coisas horrorosas...
Finalmente chegamos e fomo instruídos a fazer logo a reserva do almoço, pois a cozinha poderia não dar conta de tudo na volta e tínhamos que sair às 15 horas de volta. Hmm, esquisito.
Fomos nós pra bagaça do catamarã. O lugar é realmente bonito:
As águas são cristalinas - ou quase - e rasa em quase toda a extensão do piscinão natural.

Nesta parte do passeio, a primeira, nós iríamos conhecer as piscinas naturais. Uau. Nem dava para imaginar o desapontamento que viria. Paramos a uns vinte metros das tais piscinas, descemos de chinelos nas mãos, carregando câmeras e chapéus e vamos. 


Vejam, o lugar não é feio. Mas não vale a propaganda toda. Sério mesmo que estavam achando que eu ia me enfiar no meio dessa turba pra dum mergulhinho sem-vergonha, numa pocinha sem-vergonha cheia de uns peixinhos sem-vergonha e entupida de ouriços-do-mar?
Toca o apito três vezes - esse era o código - e lá vamos nós de volta pro catamarã, de chinelos nas mãos, câmeras penduradas e tal. O piloteiro anuncia que agora vamos para os bancos de areia. Uau, que emocionante. Lá vamos parar 15 minutinhos para vocês se banharem nas águas rasas e andarem pelo...bem, banco de areia.
O banco de areia era isso mesmo, um banco de areia. Mas a exploração chegou até aqui.


Mas isso não era tudo. Próxima parada: banho de argila, para o moço e a moça ficarem mais jovens...Vi algumas cabeças se virando, rostos se mirando e balançando negativamente. A minha e a da Bia eram duas delas.
O lugar era gostoso até. Aproveitei a parada para mergulhar da proa do barco e nadar um pouco. Mico? Deixo para os outros pagarem.


Finalmente retomamos o caminho de volta para a praia, para o restaurante e para a salada mista que tínhamos reservado e da qual nos arrependeríamos mais tarde.




À noite fomos ao badalado Beijupirá, onde comemos um beijumanga (eu) e um beijuíndia (a Bia). Este último é o prato da Boa Lembrança desse restaurante. Quem pede o prato, leva...o prato ao fim do jantar.
Hotel, cama e uma noite de sono para encarar o dia seguinte. Ou assim eu pensei...









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