Aliviando o clima

Você há de concordar comigo que tem muita porcaria "musical" por aí. Felizmente, nem só de porcarias vive o mercado de música. Se falarmos de mainstream, então...
Mas, vamos ao que interessa. Depois de quatro anos longe dos estúdios, eis que o Pearl Jam volta com disco novo, "Lightning Bolt". Na linha dos últimos trabalhos, LB é coerente, forte quando precisa ser, harmônico e suave quando necessário. Nunca fui muito fã dos grupos de Seattle, exceto o Pearl Jam. Para mim, "Ten" é um dos melhores discos da década de 90, disparado. Ao longo da carreira, o PJ alternou entre punk, grunge e momentos mais...suaves. Sempre há um equilíbrio entre virulência/barulho e suavidade. Ainda ser versão nacional, o cd pode ser encontrado por cerca de R$ 42,00.
Outro bom disco - espero - está para ser lançado e este vem da Irlanda. Imelda May está começando a divulgar seu novo trabalho, "Tribal". As novas canções tem sido apresentadas em aparições ao vivo. Recentemente Imelda apresentou "Oh, My God", do novo trabalho, no programa de Jay Leno.
Sua música continua a mistura de rockabilly, surf guitars e até blues que foi um sopro de ar fresco num estilo que peca por ser excessivamente repetitivo. Imelda sabe, no entanto, que só isso não basta. Sua música precisa do elemento plástico para emoldurar o som da bateria básica, do baixo acústico e da guitarra eletroacústica e das letras que, felizmente, não se limitam a carrões, rapazes e garotas. Sua bela e elegante figura, sempre embalada em vestidos justos e estilosos, o cabelo negro com uma mecha loura no meio sempre preso em coques ou rabos-de-cavalho, já lhe renderam um sem número de aparições em capas de revistas e até um convite para tocar numa festa do estilista Roberto Cavalli. Compositora talentosa, dona de forte presença, de voz potente e marcante, Imelda encanta à primeira vista e audição e não necessariamente nessa ordem. Tão logo eu ponha minhas mãos no disco novo, tentarei resenhá-lo aqui.
Aqui em terras tupiniquins o pessoal da Nação Zumbi anda sumido, imersos em projetos paralelos, como o do Los Sebosos Postizos. Trabalho do vocalista Jorge du Peixe, traz versões muito bacanas para músicas do Jorge Ben Jor. Comprei em vinil, como tem de ser.
O Pato Fu também anda sumido. No site da banda, a última postagem no blog é de setembro e trata do lançamento do segundo disco solo do baixista Ricardo Koctus. No ano passado tivemos o lançamento do disco da Fernanda Takai com o Andy Summers, ex-Police. Conhecendo o histórico do PF não será de espantar se eles aparecerem de uma hora para outra com material novo e bacana. O premiado "Música de Brinquedo" foi um projeto original, muito bem executado, daqueles que somente o Pato Fu poderia por nas ruas. Seguiram o sucesso com o disco ao vivo, mas espero sinceramente que pare por aí.
De resto, o mainstream vai mal. Capital Inicial insiste no sonzinho deles, que não empolga mais. Os Paralamas são incrivelmente talentosos, mas Herbert ainda tem uma ferida muito profunda para curar. Discos inteiros com letras de amor e homenagens à mulher amada são tocantes, mas nada empolgantes. O Skank enveredou por esse lado também, apesar de o último disco do grupo ser bom, foi menos do que eles podem fazer e acima da média do que eles vinham fazendo.
Por fora do circuitão ainda tem gente muito boa fazendo ótimos trabalhos. Mas isso fica para um outro post.

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